segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dou por mim a sonhar sonhos difíceis. Pior do que difíceis, sonhos que, a concretizarem-se, não me fariam bem. Às vezes deixamo-nos levar por um emaranhado de emoções, e nem sempre as emoções nos conduzem a bom porto. Disseram-me uma vez que não há sentimentos errados. E não há, com certeza. Mas há sentimentos que nos levam a caminhos que não queremos e desembocam em pântanos terríveis. Mesmo quando são aparentemente inócuos, os tais sentimentos. Era suposto estas coisas terem ficado resolvidas lá para trás, na adolescência, lá pelos quinze anos. Mas quando se tem medo e se foge, mais tarde ou mais cedo temos que voltar. No meu caso, foi mais tarde.
Por isso agora digo a mim própria que tenho que ter coragem, porque o problema está em mim, só em mim, para aí cinco centímetros acima do cocuruto da minha cabeça. E se fui capaz de vencer tantos labirintos em quase cinquenta anos de vida, também vencerei este. Vai uma aposta?

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